Acerca de
TCC (TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL)
A TCC (TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL) acredita que as interpretações que o sujeito faz sobre os fatos alteram suas emoções e comportamentos. As interpretações são, frequentemente, permeadas por pensamentos automáticos — pensamentos rápidos que não são questionados e muitas vezes errôneos, por conta de um fenômeno chamado distorção cognitiva. Essas distorções cognitivas são erros na hora de interpretar os fatos e são baseadas em crenças disfuncionais que a pessoa vem a ter.
A interação entre fatos, percepções e comportamentos de acordo com a TCC podem ser ilustradas pelo modelo ABC:
A – Acontecimento: São os fatos, é o que realmente acontece;
B – Interpretação: É a maneira que a pessoa interpreta os fatos. Essa interpretação pode ser relativamente precisa ou pode ser influenciada por distorções cognitivas. É nesse momento que surgem os pensamentos automáticos, baseados nas crenças disfuncionais;
C – Comportamento: A maneira como o indivíduo reage ao acontecimento e sua interpretação. É aqui que entram as reações emocionais, fisiológicas e comportamentais. Se a pessoa têm crenças disfuncionais e pensamentos automáticos errôneos, é provável que seu comportamento não seja muito adequado às situações, o que deve ser trabalhado na terapia.
As crenças disfuncionais costumam surgir já na infância. Elas dizem respeito ao que o indivíduo pensa sobre si mesmo, sobre os outros ou sobre o mundo como um todo. Como exemplo, pode-se citar o caso de pessoas com transtornos de ansiedade: suas crenças disfuncionais geralmente estão ligadas a um medo do mundo e uma incapacidade subjetiva de lidar com os supostos perigos que a vida oferece, frequentemente vistos de forma exagerada.
Essas crenças disfuncionais e distorções cognitivas não causam os transtornos emocionais em si, mas podem ajudar na manutenção dos sintomas.
De acordo com a TCC, alguns transtornos mentais surgem por conta de uma vulnerabilidade biológica e cognitiva, ou seja, existem fatores biológicos/genéticos e fatores ambientais e da personalidade que influenciam no seu surgimento. Sendo assim, mesmo pessoas que têm os componentes biológicos do transtorno podem não desenvolvê-los se não houver uma vulnerabilidade cognitiva.
Felizmente, a terapia cognitiva-comportamental pode ajudar nessas vulnerabilidades cognitivas, uma vez que acredita que a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada. Sendo assim, é possível monitorar e alterar as distorções cognitivas e as crenças disfuncionais, trazendo melhora para a qualidade de vida do paciente e ajudando-o a eliminar os sintomas de algum transtorno que pode estar sofrendo.